Amiguassu

terça, 25 de setembro de 2012

Amiguassu é criada com o objetivo de explorar o Rio Iguaçu para incentivar o turismo regional

Durante a 17ª Feira do Melado, em Capanema, na semana passada, a questão do turismo foi bastante questionada na região da fronteira com a Argentina. Isso porque, desde o dia 17 de agosto, o ICMBio (Instituto Chico Mendes), concedeu para a comunidade a permissão para usar o rio Iguaçu, que foi incorporado ao Parque Nacional do Iguaçu em 1981, restringindo qualquer atividade no afluente do rio Paraná.

“Capanema está em uma situação delicada, pois já perdeu muito com o fechamento da Estrada do Colono e agora está tendo dificuldades com uma de suas principais empresas (Diplomata), que está em recuperação financeira. Espero que, com essa liberação, o turismo possa ser a grande alternativa para que a população volte a ficar otimista com o município”, comenta o presidente da Fiep, o capanemense Édson Campagnolo. Ele, inclusive, doou um terreno às margens do rio Iguaçu para a Amiguassu (Associação Mananciais do Iguaçu), que foi formada para explorar o turismo e a economia local por meio do rio.

A Amiguassu foi criada em dezembro do ano passado e já está realizando algumas ações no terreno. Um portal muito bonito foi construído, mas a maior parte ainda está por vir. A intenção da associação a longo prazo é construir uma Ecopousada e Spa. O terreno tem uma área total de 52 mil metros quadrados. O projeto foi desenvolvido pela arquiteta Adriana Dutra Garcia, de Cascavel.

Os cálculos da associação são de uma arrecadação de aproximadamente R$ 3,5 milhões para erguer toda a estrutura. “Por enquanto estamos apenas começando, vamos ainda buscar recursos, pois a associação não visa lucros. Tudo o que for arrecadado com a Ecopousada e o Spa será utilizado dentro da própria estrutura, promovendo assim a economia e o turismo local”, afirma o pastor Hudson, presidente da Amiguassu.

“Para construir uma obra de forma sustentável, está muito caro no Brasil. Por isso o processo fica mais demorado. Mas não temos pressa, estamos pensando no futuro”, complementa Rodrigo Dobrovolski, que também faz parte da diretoria da associação.

A estrutura final vai ter uma capacidade de acomodação de 150 pessoas, mais um centro social com capacidade para 500 turistas.

“O projeto já nasceu, não é mais um sonho. Agora temos que trabalhar para conseguir estruturar essa alternativa de turismo em Capanema”, acrescenta outro integrante da diretoria, Charles Ghizoni.

Durante a Feira do Melado, a Amiguassu estava com um estande para mostrar o projeto e também para vender camisetas e xícaras com lembranças de Capanema. “Com esse recurso inicial, vamos construir uma sede no local. Assim, vamos poder promover os primeiros eventos e difundir ainda mais a nossa ideia”, complementa o pastor Hudson, que está empolgado com o projeto.
Fonte: Jornal de Beltrão

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