Foi divulgada a 22ª Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, referente ao segundo semestre de 2012. A maioria dos empresários do comércio do Paraná, ou seja 58,27%, assinalou possuir expectativa favorável em relação ao crescimento das vendas para o segundo semestre de 2012, comparado a igual período de 2011.
Há um ano, os números mostravam que 71% dos empresários eram otimistas quanto ao semestre vindouro. Os dados foram divulgados pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), segunda-feira, 6, em Curitiba.
Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, embora a maioria ainda seja favorável, verifica-se a preocupação do empresário de todo o Paraná e de todos os segmentos com os rumos da economia. "A crise internacional, principalmente a europeia, tem preocupado este empresário, a falta de crescimento dos Estados Unidos — o grande motor da economia mundial, e a China que reduz o seu crescimento preocupam. Estes fatores reduzem a importação de commodities e minérios brasileiros e causam preocupação do empresário", pontua Piana.
O estudo mostra que a carga tributária e os encargos sociais elevados ainda são as principais dificuldades encontradas pelos empresários do comércio, além de insuficiência de mão de obra qualificada, ausência de incentivos governamentais para regiões específicas e carência de recursos próprios para capital de giro.
A falta de segurança, indicada por 4,44% dos empresários, em 2009, como dificuldades da empresa, chegou a 17,32%, no estudo deste semestre e a inadimplência, que há seis meses preocupava 16% dos empresários, chega a 31%.
A pesquisa também demonstra a migração do empresário das tradicionais mídias para a internet e 18,11% já a utilizam para o meio de comunicação para vincular propagandas. Este número supera o rádio, que registra 16,54%, seguido da panfletagem com 12,6% e da TV, com 11,02%.
Outra ameaça apontada no estudo é a concorrência desleal, vinda principalmente com os produtos contrabandeados e pirateados e que tem preocupado 48,03% dos entrevistados.
Fonte: Jornal de Beltrão
