O governo federal vai incluir obras de interesse do setor produtivo paranaense em estudos que serão realizados para definir investimentos futuros em ferrovias e rodovias. A proposta foi debatida ontem, em Brasília, por uma comitiva de representantes das entidades que integram o Fórum Futuro 10 Paraná - liderada pelo presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo - se reuniu com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
No encontro, ficou acertado que a Fiep sediará, em meados de setembro, um seminário técnico para discutir a inclusão de obras pleiteadas pelo Paraná no Estudo Conceitual Ferroviário Centro-Sul. Desenvolvido pelo governo federal, o estudo vai analisar possibilidades de novas ligações ferroviárias que poderão atender o Interior do Estado e sua ligação com o Porto de Paranaguá.
O seminário terá participação de representantes da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias SA, do Ministério dos Transportes e da Secretaria de Portos.
Também para auxiliar na busca por soluções para os gargalos logísticos que afetam o setor produtivo, a Fiep apresenta na próxima terça-feira, 28, em Brasília, o projeto Sul Competitivo. Elaborado em conjunto com as Federações das Indústrias de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Fiesc e Fiergs), por meio de uma consultoria contratada, o projeto faz um diagnóstico integrado da infraestrutura logística da Região Sul.
Os representantes do PR - líderes da sociedade civil, 11 deputados e um senador e o secretário estadual Richa Filho - entregaram à ministra Gleisi Hoffmann um ofício em que elogiam o Plano de Investimentos em Logística, lançado no último dia 15 pelo governo federal, que promete a aplicação, através de concessões, de R$ 133 bilhões em ferrovias e rodovias. "Investimentos em infraestrutura são fundamentais para que o País continue crescendo e o governo mostra que está atento a essa questão, principalmente ao criar um novo modelo de concessão para essas obras", disse Campagnolo.
Ele acrescentou que " as medidas propostas no plano causaram algumas dúvidas e preocupações ao Paraná, porque não ficou claro se as obras anunciadas contemplarão as necessidades do Estado.” No ofício, as entidades enumeram as obras que consideram prioritárias para aumentar a competitividade do setor produtivo paranaense. As principais delas dizem respeito a ferrovias. O principal argumento é que o novo programa não prevê uma nova ligação ferroviária ao Porto de Paranaguá, passando por Cascavel e Guarapuava, considerada crucial ao escoamento da produção agropecuária do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Fonte: Jornal de Beltrão