Para tentar solucionar os desafios que a saúde pública do, país vem enfrentando a presidente Dilma Rousseff e os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Aloizio Mercadante realizaram na tarde de ontem em Brasília, o anúncio do programa Mais Médicos para o Brasil.
O projeto prevê a ampliação da oferta de cursos de graduação em medicina com a abertura de 11,5 mil vagas, a ampliação de cursos de residência médica com 12 mil novas vagas, e a contratação 35 mil médicos para o atendimento das áreas no interior do país com maior carência de profissionais - apesar de ser um ponto polêmico, a contratação de profissionais estrangeiros para este fim não foi descartada.
Em sua fala, o ministro Aloísio Mercadante explicou que o processo para a liberação dos cursos deverá seguir alguns critérios. Por exemplo, o município deverá possuir para cada vaga acadêmica aberta cinco leitos SUS nos hospitais, o município deve ter Pronto Socorro, e ter no mínimo três residências médicas nas seguintes áreas: clínica geral, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina de família.
No anúncio oficial feito em Brasília os municípios que serão contemplados não foram nominados, porém, um comunicado da Agência Estadual de Notícias do Paraná encaminhado à imprensa na tarde de ontem aponta que 400 das vagas de graduação anunciadas serão criadas no Paraná nas cidades de Umuarama, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Pato Branco e Curitiba. As instituições interessadas deverão participar de editais públicos.
O projeto deve atender à demanda de interiorização dos cursos de medicina, já que atualmente apenas 57 municípios do país ofertam vagas nesta área. A meta é que mais 60 municípios do país passem a dispor do curso de medicina, totalizando 117 cidades.
Pato Branco contemplada
Em Pato Branco, na companhia do prefeito Augustinho Zucchi (PDT), o anúncio era aguardado com grande expectativa pelo diretor da Faculdade de Pato Branco (Fadep), Eliseu Bertelli e pelo diretor-geral da instituição, João Carlos Pedroso, que desde 2006 pleiteiam junto ao Ministério da Educação a liberação do curso de medicina para a instituição. Autoridades políticas, representantes das casas hospitalares do município e da classe médica também se faziam presentes.
Durante a reunião, Zucchi esteve em contato com lideranças de Brasília que garantiram a inclusão do município no projeto. Ele destacou que a notícia é positiva, mas que ainda aguarda a oficialização através da publicação da portaria, que deve ocorrer na próxima quinta-feira, dia 11. "Colocamos muita força nisso e pedi para muitos prefeitos da região, a nossa sociedade e entidades nos ajudarem. Este é um momento muito importante para Pato Branco."
Desde 2006
Eliseu Bertelli ressaltou que a faculdade deverá, assim que o edital for publicado, iniciar o processo para pleitear o curso. "A Fadep está alguns passos à frente por conta de toda a preparação da estrutura que vem fazendo desde o ano de 2006. Estamos com uma sensação de conquista para Pato Branco. São sete anos de luta, de muito trabalho e investimentos. Já temos um ótimo serviço de saúde, mas isto representa a possibilidade de um serviço mais eficiente ainda. E o curso de medicina vem para coroar Pato Branco como polo Educacional e de saúde", concluiu.
Fonte: jornaldebeltrão.com.br