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terça, 14 de janeiro de 2014

Selic deve subir 0,25 na reunião do Copom

A taxa básica de juros, a Selic, deve subir 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para hoje. A expectativa é de instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC.

Na reunião de fevereiro, deve ocorrer novo ajuste de 0,25 ponto percentual, com expectativa de manutenção da Selic em 10,5% ao ano até o final de 2014. Para 2015, as instituições financeiras consultadas pelo BC esperam nova alta da Selic que deve encerrar o período em 11,5% ao ano, contra 11,25% ao ano previstos na semana passada. A Selic é usada para influenciar a atividade econômica e, por consequência, a inflação.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

No ano passado, devido à alta da inflação, o BC elevou a Selic em 2,75 pontos percentuais.

A taxa encerrou 2013 em 10% ao ano. Mesmo assim, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano em 5,91%.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, admitiu, na última sexta-feira, que “a inflação encerrou 2013 com resistência ligeiramente acima daquela que se antecipava”. O BC esperava que a inflação em 2013 ficasse abaixo da de 2012 (5,84%).

Para este ano, as instituições financeiras esperam que a inflação continue em trajetória de alta. A projeção para o IPCA passou de 5,97% para 6%. Em 2015, a previsão foi mantida em 5,5%.

Tanto as estimativas para este ano e 2015 quanto o resultado de 2013 estão distantes do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC (4,5%). Mas estão abaixo do limite superior, que é 6,5%.


Economia deve crescer 2%

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central projetam crescimento de 1,99% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano.

A estimativa anterior para o crescimento da economia era 1,95%. Para 2015, houve ajuste na projeção de crescimento de 2,50% para 2,48%.

A estimativa para a expansão da produção industrial foi mantida em 2,2%, este ano, e ajustada de 2,89% para 3%, em 2015.

A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 35% para 34,95%, em 2014, e segue em 35%, em 2015.

Ainda de acordo com a pesquisa do BC com instituições financeiras, a previsão para o superávit comercial (exportações menos importações) subiu de US$ 8 bilhões para US$ 8,25 bilhões, este ano. Para 2015, a previsão segue em US$ 12 bilhões.

A estimativa para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustada de US$ 71,3 bilhões para US$ 71,6 bilhões, este ano, e mantida em US$ 71,1 bilhões, em 2015. A projeção para a cotação do dólar continua R$ 2,45, este ano, e foi ajustada de R$ 2,45 para R$ 2,47, em 2015.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões este ano. Para 2015, a projeção passou de US$ 60 bilhões para US$ 59 bilhões.
Fonte: Agência Brasil

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