Popularização do acesso a internet nas classes C e D contribuiu para o aumento
O aumento do índice de acessos à internet nas classes C e D, através do uso de smartphones, tem contribuído consideravelmente para o elevado número de compras em ambientes virtuais. A empresa e-Bit, considerada referência no fornecimento de informações sobre e-commerce nacional, divulgou esta semana que o comércio eletrônico movimentou R$ 28,8 bilhões em 2013, revelando uma alta nominal de 28% na comparação com 2012, quando o faturamento chegou a R$ 22,5 bilhões. O resultado superou expectativas de crescimento nominal de 25%.
O diretor executivo da empresa, Pedro Guasti, divulgou em nota que a maioria da população das classes C e D que não tinham acesso à internet, além de internautas, tornaram-se consumidores on-line. Segundo ele, o evento conhecido como Black Friday rendeu R$ 770 milhões ao e-commerce, resultado que bateu recorde de faturamento em um único dia.
A expectativa é de que, em 2014, o comércio eletrônico registre crescimento nominal de 20%, com faturamento de R$ 34,6 bilhões, puxado pela venda de materiais esportivos e de televisores de grandes proporções com tela fina por conta da Copa do Mundo.
Pato Branco
No mercado há cinco anos, uma empresa de Pato Branco no ramo de telefonia, acessórios para informática e artigos para presentes, vem acompanhando ano a ano a elevação dos índices. Segundo o proprietário, Ricardo Cagnin, no início houve o crescimento natural do empreendimento, mas “depois a empresa atingiu a estabilidade e as vendas continuaram crescendo de 30% a 40% ao ano”.
Ele explicou que a empresa trabalha com 400 itens e que tem cerca de 30 mil clientes cadastrados, mas que apesar de ser uma empresa pato-branquense não conta com mais de 1% de compradores locais. “A região ainda é avessa ao comércio eletrônico, acho que o povo tem ainda um pouco de medo. Vendemos no Paraná por causa do frete, mas nosso maior número de vendas é para São Paulo e Minas Gerais. Quanto mais próximo ao Sudeste, maior a quantidade de vendas. O Sul é mais fraco no comercio eletrônico, pelo menos para o nosso tipo de produtos”, ressaltou.
Perfil dos clientes
Cagnin explicou que o perfil dos clientes varia conforme o produto. Na linha de informática, por exemplo, atende jovens, pequenas lojas e profissionais liberais. Já na linha de artigos para presentes, a faixa etária varia entre 35 e 40 anos e o horário de acesso ao site alterna entre 21h e 2h durante a semana.
Faturamento anual do comércio eletrônico
Ano Faturamento Variação
2012 R$ 22,50 bilhões 20%
2011 R$ 18,70 bilhões 26%
2010 R$ 14,80 bilhões 40%
2009 R$ 10,60 bilhões 33%
2008 R$ 8.20 bilhões 30%
2007 R$ 6.30 bilhões 43%
2006 R$ 4,40 bilhões 76%
2005 R$ 2.50 bilhões 43%
2004 R$ 1.75 bilhão 48%
2003 R$ 1.18 bilhão 39%
2002 R$ 0,85 bilhão 55%
2001 R$ 0,54 bilhão _
Fonte: diariodosudoeste.com.br