CACISPAR

terça, 25 de março de 2014

Aumento da taxa de juros reduzirá negócios de longo prazo

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) consideram que o novo aumento da taxa básica de juros (Selic), em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, anunciado quarta-feira, 26, pelo Banco Central, reduzirá a capacidade de crescimento da economia brasileira e em especial o consumo das famílias.

Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, a elevação dos juros não é capaz de resolver sozinha a escalada dos preços. Para isso, o controle inflacionário precisa ser realizado, prioritariamente, por meio de um amplo ajuste fiscal na máquina pública, com cortes de gastos de custeio do governo e desoneração dos setores produtivos.

Na avaliação do movimento lojista, o aperto inflacionário precisa ser contido, mas é indispensável buscar alternativas que não penalizem a atividade econômica, o consumo e os setores produtivos. “A elevação da Selic vai frear ainda mais o ritmo do crescimento do país e com impacto nocivo para a expansão do crédito e a geração de empregos”, alega Pellizzaro Júnior.

Segurar a inflação

Lindonês Colferai, presidente da Coordenadoria das Associações Empresariais do Sudoeste do Paraná (Cacispar), avalia que o aumento da Selic “é uma tentativa de segurar a inflação”. Para ele, “não seria esse o caminho, tenta se incentivar o consumo e se corta com uma alta taxa de juro”. Lindonês ressalta que “não há muito o que fazer, as classes média e baixa estão em condições de comprar, compram mais e a consequência é o aumento da taxa de inflação”.

Os financiamentos de longo prazo adotam a cobrança da taxa de juros e mais a Selic. Com isso, a pessoa que utiliza esta forma de tomada de recursos financeiros acaba pagando maiores valores nas prestações.
Fonte: jornaldebeltrao.com.br

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