Estradas

quinta, 25 de outubro de 2012

Rodovias do Sudoeste que vão de Palmas a Barracão estão ruins para trafegar, diz CNT

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou ontem, 24, os resultados da 16ª Pesquisa CNT de Rodovias. Neste ano, foram pesquisados 95.707 km durante 37 dias, entre 25 de junho e 31 de julho. Os pesquisadores avaliaram aspectos do pavimento, da sinalização e da geometria da via, o que permite a classificação qualitativa dos trechos. Os resultados são apresentados por tipo de gestão (pública ou concedida), por tipo de rodovia (federais ou estaduais), por região e por unidade da Federação.

Desse total de 95.707 km, 60.053 (62,7%) apresentam algum tipo de deficiência. Em relação ao pavimento e à sinalização, 43.981 km (45,9%) e 63.410 km (66,2%), respectivamente, apresentam problemas. Na comparação com os resultados do ano passado, aumentou o percentual geral de rodovias com algum tipo de deficiência. Em 2011, o índice foi de 57,4%. Também foi constatado um aumento nos problemas de sinalização, presentes em 66,2% dos trechos avaliados em 2012, enquanto em 2011 o índice foi de 56,9%.

Os pesquisadores constataram a ocorrência de 221 pontos críticos, como erosão na pista, queda de barreira, ponte caída ou buraco grande. Em 2011, foram identificados 219. A pesquisa mostrou que houve um aumento de 36% nas erosões da pista, em relação aos dados de 2011. A ocorrência de faixas centrais desgastadas ou inexistentes aumentou 28,1%, enquanto o aumento das faixas laterais desgastadas ou inexistentes foi de 27,7%. As placas encobertas pelo mato também tiveram aumento de 2,4%.

É feito um ranking de 109 ligações rodoviárias. São trechos representados por uma ou mais rodovias, de grande importância para o transporte de cargas e de passageiros. As dez primeiras colocadas têm extensão concessionada e estão localizadas no Estado de São Paulo, sendo 2.072 km de rodovias estaduais e 28 km de rodovias federais.

As informações da Pesquisa CNT de Rodovias auxiliam no planejamento de transportadores, na formulação de planos de manutenção de rodovias e na elaboração de políticas públicas para o setor de transporte.

A CNT estima que a necessidade de investimento para a modernização da infraestrutura rodoviária no Brasil seja de cerca de R$ 170 bilhões, a serem aplicados na construção de novas rodovias e em obras de duplicação, pavimentação, recuperação, entre outras intervenções.

Sudoeste do Paraná

Na região Sudoeste do Paraná foram avaliadas alguns trechos de rodovias. A PRT 280/BR 280, que vai de Palmas a Barracão (176 km de extensão), teve seu estado geral considerado ruim, com pavimento regular, sinalização péssima e geometria regular. A PR 180, que liga Campo Erê (SC), Marmeleiro, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, é considerada ruim, com pavimento regular, sinalização péssima e geometria péssima. A pesquisa considerou apenas um trecho de 22 quilômetros.

A BR 163, que liga Barracão, Capanema e Cascavel, e que na pesquisa anterior foi considerada uma das piores do país, melhorou nesta edição. O estado geral que era considerado péssimo passou a regular. A BR 373, que vai de Chopinzinho a Candói, foi considerada boa; a BR 158 teve uma pequena parte considerada péssima, próximo de Chopinzinho.

A Pesquisa CNT de Rodovias também coleta dados relativos a infraestruturas de apoio, avaliando essa variável somente quanto a sua presença ou ausência a cada 10 km. Esses elementos são coletados com o intuito de auxiliar o planejamento das viagens dos transportadores, em especial dos autônomos, identificando a presença de locais para descanso, suporte mecânico, alimentação, abastecimento, entre outros. Na BR 163, por exemplo, em um trecho de 177 km foram encontradas 19 borracharias; em 207 km, 22 postos de combustível; em 167 km, 18 restaurantes.
Fonte: Jornal de Beltrão

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