REUNIÃO MENSAL
quarta, 06 de junho de 2018
TEMAS QUE PROVOCAM DISCUSSÕES E REFLEXÕES FORAM TRATADOS NA CACISPAR
Da assessoria/Cacispar - A quinta reunião ordinária da Cacispar, Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná, realizada segunda-feira, 4, no auditório da entidade, em Francisco Beltrão, teve participação satisfatória de representantes de ACEs da região. Na pauta, prestação de contas do ano de 2017, 16ª Convenção Empresarial da Cacispar (19 de julho, na Sociedade Rural de Pato Branco), 10º Fórum da Mulher Empresária (25 de agosto, em Marmeleiro), paralisação e retomada das atividades após a paralisação dos caminhoneiros e palestra com o tema “Sucessão Empresarial: planejamento sucessório em empresas”, com o advogado beltronense Victor Galvão.
A abertura do encontro foi do presidente da Cacispar – gestão 2016 a 2018 – Jair dos Santos. Para o presidente, foi dada a oportunidade de os participantes da reunião debaterem e avaliarem o pós-paralisação, que afetou a economia brasileira. “Havia uma angústia do povo, principalmente dos presidentes de ACEs. No momento que a Cacispar tomou a decisão, juntamente com o sistema Faciap em apoiar a paralisação, o pessoal ficou feliz, e na hora que retiramos o apoio, alguns ficaram frustrados e isso gerou um certo desconforto”, disse Jair.
Entretanto, Jair enfatiza e diz que a Cacispar e suas associações saíram fortalecidas como entidade depois da paralização. “São tantas angústias que afetam o brasileiro, temos que ter em mente o que está de acordo com o interesse dos nossos associados. No momento que o movimento começou a dar prejuízo, tivemos que recuar, pois não podemos criar um caos. Outro detalhe que ficou claro nessa paralisação é que, como houve muitas infiltrações e jogo de interesse, tudo aquilo acabou gerando um certo desgaste. Não se tinha uma liderança efetiva do movimento. Nós temos que tomar cuidado para que numa próxima oportunidade tentamos descobrir de fato, quem são os líderes que estão promovendo a manifestação, para aí nós cobrarmos se estiver acontecendo algo errado”, justifica.
Carlos Manfroi, 1º vice-presidente da Cacispar e vice-presidente para Assuntos de Finanças e Patrimônio, faz uma observação pertinente e sensata. “O que eu tirei de lição dessa paralisação dos caminhoneiros é que, quando uma classe se une em torno de um objetivo comum, e tem uma pauta definida, ela tem grande possibilidade de êxito. Então fica a lição para todos que, através de suas associações, tem sempre a possibilidade de reivindicarmos os nossos direitos com uma pauta bem elaborada. Essa paralisação teve uma série de efeitos, e aprendemos que onde existe a união em torno de objetivos comuns as pessoas são mais fortes”.
Fake News
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, e representantes de 10 partidos políticos assinaram nesta terça-feira, 5, um termo de compromisso contra a disseminação de notícias falsas – as chamadas "fake news" – nas eleições deste ano.
O tema é encarado com muita seriedade dentro da Cacispar. É que o que afirma Jair dos Santos. “É preciso evitar espalhar esse tipo de informação falsa, não faz bem pra ninguém. É preciso trabalhar de forma organizada e planejada. Isso vale para as próximas eleições, para que possamos escolher os melhores representantes, cobrando-os depois de eleitos”.
Planejar a empresa para evitar dores de cabeça
O advogado Victor Galvão informou na reunião de segunda que 90% das empresas no Brasil são familiares. “São dados fornecido pelo Sebrae e IBGE. Inclusive existe uma taxa de mortalidade muito grande dessas empresas. Dificilmente uma empresa familiar chega na quarta geração, pois existe um número alto de fechamento até o quinto ano de existência”, explica.
Menos de 30% dessas organizações chegam na segunda geração da família. “Conforme a geração vai passando de uma para outra, esse número cai drasticamente. Em função disso, é muito importante se pensar no planejamento sucessório dessas empresas, que é basicamente pensar no futuro, é o conceito de planejar”, reforça Victor.
E na prática, como funciona o planejamento sucessório?
“O empresário faz uma reestruturação societária e ali ele prevê como vai acontecer a sucessão de sua empresa, na eventual ausência, seja por qualquer motivo, seja no falecimento ou opcional de um dos sócios, quem vai entrar no lugar dele, quem serão seus herdeiros e sucessores dentro da empresa. Nem sempre o sucessor natural do sócio está preparado para assumir a direção da empresa. Se isso acaba acontecendo sem preparação, pode acarretar no fechamento da empresa e a quebra dessa sociedade”, afirma Victor. O planejamento, segundo ele, visa buscar a prevenção dessas situações, garantindo a sobrevida da empresa.
O 'lado cabeça' pesa
O fator psicológico pode ser fundamental para a tomada de decisões, seja na vida pessoal ou profissional. Victor lembra que é preciso ter alguns cuidados porque o planejamento envolve bastante da parte pessoal. “O ideal é fazer quando a empresa está iniciando suas atividades. Outro fator importante é ter um profissional especializado para fazer esse trabalho. Não adianta tentar fazer por conta, tem que ter alguém que saiba mensurar riscos e que saiba o caminho que isso deve ser feito. Todo trabalho é feito na mais estrita legalidade. O planejamento verdadeiro não é um planejamento se o empresário sonega imposto, nega um direito trabalhista, ou se está escondendo alguma coisa. O planejamento deve ser feito dentro de um compliance, ou seja, colocar a empresa dentro de toda a legalidade [tributária, civil, trabalhista]”, resume.
Para Victor, normalmente se busca auxílio de um contador ou advogado para elaborar esse planejamento. Contudo, existem outros profissionais com essa habilidade – o próprio administrador de empresas tem conhecimento sobre isso, assim como os economistas. “Mas o contador e o advogado estão inseridos de uma forma mais direta nesse contexto de legalização. Se possível, o empresário deve fazer com esses dois profissionais ao mesmo tempo”.
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