Rodada de Negócios

quinta, 25 de outubro de 2012

Agroindústrias do sudoeste querem ampliar mercado de olho na Copa de 2014

Agroindústrias do sudoeste do Paraná estão se preparando para ganhar mercado durante a Copa do Mundo de 2014. Para alcançar esse objetivo, integram o Programa das Agroindústrias do Sebrae/PR e investem conhecimento e recursos em produção, legislação, rotulagem, marketing, bem como negociam com potenciais compradores.

Na última terça-feira, dia 23, agroindústrias de Pato Branco, Renascença, São João, Bom Sucesso do Sul e Mariópolis, participaram da 1ª Rodada de Negócios das Agroindústrias do Sudoeste do Paraná, um teste em âmbito regional para quem deseja ganhar mercado na região e tem interesse no mundial de futebol, que terá Curitiba como uma das cidades-sede.

O evento realizado em Pato Branco promoveu a aproximação de empresas compradoras com as agroindústrias e incentivou novas parcerias comerciais. Supermercados e redes de Pato Branco e Francisco Beltrão conheceram e alinhavaram negócios com agroindústrias produtoras de embutidos, queijos, carnes, panificados, mel e alimentos congelados.

A coordenadora estadual de Agronegócio do Sebrae/PR, Andreia Claudino, conta que as agroindústrias estão se preparando para ampliar mercado, tanto em âmbito regional, quanto estadual. Por conta disso, já trabalharam questões como qualidade, segurança alimentar e temas referentes à visibilidade de produtos, com rótulos adequados, tabelas nutricionais e design.

“Uma vez preparadas, o Programa atua na comercialização. A nossa intenção nessa rodada foi colocá-los em contato com possíveis compradores, pois vão colher informações sobre preços, logística, mercado e tentar fechar novas parcerias comercias”, analisou.

A rodada regional também foi uma oportunidade para quem deseja abrir fronteiras com relação à Copa do Mundo. “O agronegócio é um setor estratégico no Projeto do Sebrae para a Copa do Mundo. No caso das agroindústrias, a gente vai apresentar os produtos para potenciais compradores e estabelecimentos que terão contatos com os turistas em 2014, como hotéis selecionados pela FIFA, bares e restaurantes, com rodadas de degustação.”

Sobre os produtos da região, Andréia Claudino acredita que poderão integrar o cardápio de alimentos disponíveis para os turistas na Copa. “Aqui na região temos um mix de produtos interessantes, uma preocupação com qualidade e apresentação e a gente pretende ter alimentos daqui disponíveis durante a Copa, o que vai ajudar a divulgar e aumentar o mercado consumidor dessas agroindústrias”, completou.

A ampliação de mercado é meta, independente do tamanho da agroindústria. Na comunidade de Duque de Caxias, interior de Pato Branco, Luciane Lindner, com sua família, produz embutidos. Luciane contou que depois de integrar o Programa das Agroindústrias ganhou mercado. “Com a aplicação do manual de boas práticas de fabricação produzimos um alimento melhor e hoje já estamos comercializando em 33 pontos em Pato Branco.”

Luciane acredita que o seu produto poderá estar entre os alimentos que serão consumidos na Copa. “O investimento, procura por diferenciais e preços devem ser uma constante para ampliar mercado. Quem sabe com isso podemos vender a nossa produção fora de Pato Branco, na região e até em Curitiba”, observou.

Quem já vende fora, também quer o mercado local e está de olho na Copa. Maciel Comunello, sócio de uma agroindústria que produz queijos frescos e iniciam a produção de queijos finos no município de Renascença, participou da rodada para ampliar a venda na região sudoeste e pretende abrir novos mercados também no Paraná.

“Hoje vendemos 90% da produção no eixo Rio de Janeiro e São Paulo. Queremos ampliar nossa venda para a região e a rodada é excelente para cortar caminhos e chegar até o supermercado”, analisou.

O presidente da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado do Paraná (Unicafes Paraná), Luiz Ademir Possamai, acompanhou a rodada de negócios com otimismo. Para ele, eventos desta natureza aproximam a produção dos canais de distribuição e levam alimentos de qualidade para a mesa do consumidor com preços melhores.

“Negociar direto, num ambiente que você tem várias empresas, é vantajoso para quem vende e quem compra. As agroindústrias que vimos nessa rodada receberam orientação técnica e demonstram o resultado disso nos seus produtos diferenciados”, destacou Possamai.


Rodada positiva

As avaliações dos participantes da 1ª Rodada de Negócios das Agroindústrias do Sudoeste foram otimistas e apontam uma previsão de gerar em torno de R$ 40.500,00 por mês de vendas, o que poderá chegar próximo de R$ 500 mil num ano.

“Esse resultado e o evento em si foi importante para a maior inserção e oferta de mais produtos das agroindústrias nos pontos de venda para o consumidor da região, que poderá ter acesso a produtos com mais qualidade e com as características e a tipicidade do Sudoeste”, avaliou Nézio José da Silva, consultor do Sebrae/PR em Pato Branco.

Nézio ainda apontou um resultado adicional do evento, além da promoção de renda em toda cadeia da agroindústria, “iniciativas como essa agregam valor em toda cadeia de relações, o que contribui para mais qualidade de vida na agricultura familiar e do agronegócio, bem como na maior integração entre as pessoas que vivem no campo e o consumidor da cidade.”

A Rodada de Negócios das Agroindústrias foi realizada pelo Sebrae/PR, com apoio do Sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Sistema Ocepar e Unicafes Paraná.
Fonte: Assessoria de Imprensa SEBRAE

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